segunda-feira, 29 de junho de 2009

As novas vias de comunicação


Boa noite, minha gente!

Hoje venho falar-vos do investimento público no nosso país. Como é do conhecimento de todos, o nosso 1.º ministro elegeu o investimento em grandes obras públicas como um dos instrumentos cruciais de combate à CRISE, gerando oportunidades de negócio (negócios?), gerando novos empregos, enfim, ponto final!

Mas cá o Zé da Terra pôs-se a pensar, a pensar, e creio que descobri a grande solução para o futuro do nosso país:

- É acertado o investimento em grandes obras públicas, mas é necessário fazer alguns ajustes; o nosso país tem ainda muito poucos quilómetros de ciclovias, e a mim parece-me que dada a escassez de reservas de combustíveis fósseis no nosso planeta, devia ser criada uma rede nacional destas vias, a ligar as principais cidades, não esquecendo as áreas de serviço, agora com zonas de restauração de comida saudável, com bebidas energéticas, e estrategicamente colocadas em zonas de subidas íngremes. É importante dotar estas áreas de serviço de unidades de saúde especialmente vocacionadas para prestação de assistência médica a desidratados, vítimas de mialgia de esforço, e outros.

- É claro que temos um longo caminho a percorrer, mas o facto de sermos os primo-visionários deixa-nos numa posição de vanguarda. Não percamos tempo, tempo é dinheiro, e como já diziam os nossos tetravós "estamos tesos".


Bem hajam.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Os relvados públicos para o público


Vivo numa urbanização que tem um espaço verde público.

Hoje, quando ia depositar o lixo no "molok", andavam uns miúdos a jogar à bola na relva, com aspecto feliz e descontraído. Mais à frente vi um senhor de "meia idade" a passear o seu cãozinho pela trela. Nos bancos de jardim, havia crianças com as suas mães, avós com os seus netos. Até agora o quadro parecia perfeito! Mas não era, porque o dito cãozinho resolveu fazer as suas necessidades mesmo ali, e o senhor de "meia idade", continuou a passear o animal, sorrindo às criancinhas que estavam nos bancos de jardim, como se nada se passasse.

Uma das "conquistas de Abril", se é que isso ainda quer dizer alguma coisa, foi a educação para todos, gratuíta até à escolaridade obrigatória. Não se pode comparar o nível médio de educação actual com o de há 30 anos atrás. Mas ainda existe um longo caminho a percorrer no que diz respeito ao saber viver em sociedade.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

As valetas sujas, ..., os cantoneiros mortos!


Ia hoje pela EN118, a caminho do Porto Alto, quando desabou sobre o meu "teco-teco" uma chuvada daquelas que faz inveja ao Noé e à sua arca.

É consensual que temos, presentemente, uma rede de estradas de bom nível, o que nos permite uma grande mobilidade, para gáudio dos automobilizados. E elas são todas lisinhas, largas, com bermas, com marcação das faixas de rodagem, com sinalização vertical, a qual por muitas vezes só serve para confundir quem nelas circula, como por exemplo, quando a seguir a um sinal de trabalhos na estrada , vem um sinal de proibição de circular a velocidade superior a 30 km/h, mas os trabalhos já acabaram há muito temmmpo!, mas, ... , mas nada.

Mas, eu não estaria a escrever este arrazoado, se a bela da estrada, não tivesse ficado inundada num tempo recorde, o que me trouxe à memória a figura do cantoneiro, esse pobre cinzentão que povoava as nossas velhinhas estradas, abauladas e estreitas, sem marcação alguma de qualquer espécie, sem bermas, e que tinham a espaços uns marcos com indicações das distâncias, e que também serviam para aqueles descansarem as enxadas.

Pois é, ..., pois é, os nossos fazedores de opinião tem razão, o país evoluíu muito! Mas evolução não deve ser sinónimo de cegueira; e as belas estradas, agora tem valetas de betão, todas perfeitas, mas não tem quem as limpe. E, valetas sem limpeza dão inundação! Ou seja, é o mesmo que as estradas não terem valetas.

Venho pois dar uma sugestão aos nossos governantes, que prometeram 150000 novos empregos, reabilitem a profissão de cantoneiro, que muita falta faz na manutenção das nossas estradas.



Atenciosamente,


O Zé da Terra.